sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O filho gay de Tiririca

12/10/2011
A eleição do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), mais conhecido como o palhaço Tiririca, gerou polêmica na época. Com uma propaganda eleitoral que exaltava sua própria desinformação sobre política, ele conquistou um eleitorado que pensava como ele, que se identificava com o pensamento do despolitizado e que acreditava que essa poderia ser uma resposta para o desgaste da imagem do político ligado à corrupção e ambição e poder.
Para além de toda crítica que podemos – e devemos fazer – sobre esse episódio, uma das conclusões é que Tiririca soube representar e representa muito bem o senso comum de uma boa parcela dos brasileiros. Ele, de certa forma, soube dialogar com o inconsciente coletivo do país.
Exatamente por isso, existe muito mais importância do que podemos imaginar a declaração que o deputado deu no programa CQC, no quadro “O Povo Quer Saber”, que ele assume ter um filho gay.
“Eu mesmo tenho um filho que é... Vocês sabem, né? Isso é normal, todo mundo tem um pouco disso dentro de si ou na sua casa, é que as pessoas escondem”.
Em poucas palavras, ele coloca a questão da homossexualidade no parâmetro da normalidade (todos, em nossos laços familiares, têm pelo menos mais perto do que se pensa) e condena a hipocrisia que envolve muitos discursos homofóbicos. Além disso, ele assumir – ao seu jeito - ter um filho gay na televisão, inclusive para seu eleitorado e o senso comum brasileiro, é um ato político que está muito distante da imagem do abestado desideologizado que o elegeu – mesmo que o tenha feito de forma involuntária porque é assim mesmo que se lida quando estamos na chave do senso comum.
Escrito por Vitor Angelo às 22h48

Fonte: http://blogay.folha.blog.uol.com.br/arch2011-10-09_2011-10-15.html

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aumenta a popularidade de Dilma

CNI/Ibope: Aumenta a popularidade de Dilma



Com nove meses de governo, a aprovação da presidenta Dilma Rousseff vem crescendo de forma contínua. Segundo a pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje, o indicador aumentou quatro pontos percentuais, passando de 67% para 71%, de julho para setembro. A avaliação de ótimo/bom do governo subiu de 48% para 51%.
Os estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) mostram a melhor avaliação do governo. O percentual de eleitores que confiam no governo cresceu de 65% para 68%.
O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, associou os assuntos mais lembrados no noticiário ao aumento da avaliação positiva do governo. “A postura da presidente Dilma associada ao combate à corrupção ajudou no aumento dos índices, que haviam caído na segunda pesquisa do ano na comparação com a primeira, em março. Ela virou um pouco o jogo”, destacou Fonseca.
Três áreas de atuação do governo tiveram avaliação positiva: combate à fome e à pobreza, ações contra o desemprego e atividades em meio ambiente. O percentual de eleitores que consideram o governo Dilma melhor que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 11% para 15%.
A entrevista ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 16 e 20 de setembro.